Surge súbito um sopro no tempo,
No plumbéo horizonte, anuncia-se a tempestade,
Trazida agilmente nas rodas do novo vento,
As nimbulus são minhas mensageiras,
Precipitam minhas lágrimas abundantemente,
Vislumbre do meu pranto nas olheiras,
Em cada nuvem fugídia,
Gélidas gotas tocam-te,
Despertam-te para quem te aprecia,
O aguaceiro estival refrescando o fim de tarde,
Pinta em tons cinzas o meu choro,
Transbordando d'alma sem trovão ou alarde,
Cascatas e rios se robustecem com intemperança,
lavando a terra, levando vidas...
Sem levar de mim a nostalgia de tua sublime lembrança