Naquela primaveril noite enluarada,
Sob o Cruzeiro do Sul,
Tornaste pela paixão, minha namorada,
O rócio de nossos lábios supliciantes,
Desde então,
Se procuraram ávidamente suplicantes,
A troca da ofegação habitual,
Sem os cipós das inibições,
Adquiriu um sabor natural,
Pelos campos de Van Gogh, floridos por girassóis,
Descansavam os arfantes-amantes,
Onde Rá e Toth eram nossos lençóis,
Perante a um fragmento pictográfico,
Surgiu em ti a dúvida de Otelo,
E teu coração no distante polo ártico,
Na virtualidade há quem peque,
Diga-me frio amor,
Por ter no Orkut uma bela face,
Alguém que se recém conhece,
Em formato JPEG?
by me